Um deus em janeiro
- ruafrutapao
- 1 de jan. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 28 de jan. de 2019

No princípio era Janus (Ianus): o deus que guardava as portas, os portos, as pontes. Passagens. O deus das também das chegadas e dos começos.
Representado por duas cabeças: uma que se volta para o passado, a outra, para o futuro. Uma para o bem, outra para o mal. O jovem, o velho. A verdade e a mentira. Tudo está em tudo. A dicotomia é aparente porque, na verdade, eu sei, você sabe, o mundo é uno.
Assim como por uma janela passa tanto chuva e quanto sol,
Assim como por uma janela se pode jogar uma pedra ou uma música,
em Janus tudo, tudo é possível.
No mês de Janus, Janeiro, estão postas nossas possibilidades.
Nele estão nossos inícios.
Par da deusa Jana (Iana), ela é a Grande Mãe de toda a vida. Jana vai ecoar em Diana, que embora virgem guarda em si a fecundidade. (Diana que vai ecoar em Santa Ana, a mulher infértil que dá luz à Maria, mãe de Jesus.) Diana, inteira natureza: caça na mata, mãe de animais selvagens, identificada com a lua. Raízes.
Se no deus Janus estão postos os opostos, em Jana os contrários se encontram.
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