top of page

Um deus em janeiro

Atualizado: 28 de jan. de 2019



woman in the beach, luigi ghirri
woman in the beach, luigi ghirri

No princípio era Janus (Ianus): o deus que guardava as portas, os portos, as pontes. Passagens. O deus das também das chegadas e dos começos.


Representado por duas cabeças: uma que se volta para o passado, a outra, para o futuro. Uma para o bem, outra para o mal. O jovem, o velho. A verdade e a mentira. Tudo está em tudo. A dicotomia é aparente porque, na verdade, eu sei, você sabe, o mundo é uno.

Assim como por uma janela passa tanto chuva e quanto sol,

Assim como por uma janela se pode jogar uma pedra ou uma música,

em Janus tudo, tudo é possível.


No mês de Janus, Janeiro, estão postas nossas possibilidades.

Nele estão nossos inícios.


Par da deusa Jana (Iana), ela é a Grande Mãe de toda a vida. Jana vai ecoar em Diana, que embora virgem guarda em si a fecundidade. (Diana que vai ecoar em Santa Ana, a mulher infértil que dá luz à Maria, mãe de Jesus.) Diana, inteira natureza: caça na mata, mãe de animais selvagens, identificada com a lua. Raízes.


Se no deus Janus estão postos os opostos, em Jana os contrários se encontram.





Comments


Post: Blog2_Post
  • Instagram

frutapao por wix.com

bottom of page